Aquela sequência de números mortificados sempre me intrigaram.
Toda vez que eu coloco uma data em cima da página que escrevo, há um frio.
Uma lâmina que corta o tempo e prende na memória dizendo: você nunca colocará esses mesmos números outra vez.
Nesse espaço ínfimo do tempo, existe esse pesar, essa reflexão de que cada instante nunca se repetirá outra vez.
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