segunda-feira, 29 de abril de 2013

Coisas de Karine.


Engraçado, quer dizer..não tem nada de engraçado. Não vou contar uma piada aqui. Aliás, queria fazer você chorar. Porém meu drama cabe em uma lata de ervilhas. Sei bem onde está o abridor de latas, só não quero usá-lo. Temo usá-lo. Perai, que eu to falando? Bem, eu só queria aproveitar esse momento de efêmera solidão e escrever algumas palavras. Elas me consolam e me abraçam todas as vezes que preciso de alguma ajuda que nunca aparece. Só que elas nunca me representam. Um texto nunca fala sobre mim. Incrivel como mesmo depois de escrever por horas, nada, absolutamente nada do que sai parece realmente ter saído de mim. Como um filho bastardo. De quem será que puxou esses olhos puxados? De mim que não foi. Entende? Sei que estou errada, falta pouco pra acertar. A atitude está ali, pronta pra ser tomada. Não quero alcançá-la. Não quero olhar fundo nos seus olhos, me dizendo: mude. Te avisei.  Bom, talvez nada do que eu fale aqui agora faça sentido pra você. O bom de ser eu é isso, eu não faço sentido. Não tenho a pretensão de fazê-lo. Eu apenas quero aproveitar esse tempo. Ah, o tempo...(pausa profunda aqui por favor). Essa impalpável parâmetro da vida que me cerca, prende, solta, afrouxa, me sufoca, corro atrás, me escapa, me envolve, que sinto saudades e nunca o vi. O tempo sabe ser meu inimigo e amigo. Sabe ser sabido e me passar a perna. Sabe olhar na minha alma e dizer “você não sabe de nada”. Sabe me fazer voar e achar que tenho todo tempo do mundo. Sei lá. Parei pra refletir sobre o tempo essa hora da noite. Tempo que busco que almejo e não sei se o aproveito muito bem. Mas sei que o ganho estando aqui. Rascunhando algumas palavras soltas para que permaneçam na eternidade. Apesar de eternidade nada mais ser do que uma hipérbole das mais absurdas do mundo. Queria esquecer por um momento tudo que eu tenho que fazer amanhã. Eu não quero saber desse negocio de “amanhã será um novo dia”. Não quero nem respirar fundo pra não perder o ar deste presente. Esse presente agora que me enche de vida e que passa a cada segundo. Tão incrível como sou diferente. Eu tinha um plano. Eu juro que eu tinha. Agora já não tenho mais. Talvez seja a crise dos que se formam na faculdade, mas já tenho esse sentimento há algum tempo. Ando vivendo o presente demais. Mas eu quero viver. “Ah eu quero viver” como diria Castro Alves. Essa coisa que eu passo agora. Essa coisa que respiro e vivo. O agora. Na verdade queria escrever um texto grande, só pra ver se no meio dessa bagunça sai um pouco do que eu sou. Sei que ninguém lê muito isso daqui, quiça um texto com pouco mais de cinco linhas. Acho que ninguém tem a curiosidade de saber exatamente quem eu sou. Aliás, nem eu mesma sei direito. Só queria que pra alguém que tivesse interesse, ao menos se desse o trabalho de ler e prestar atenção. E assim aprender a fazer com tudo que está o seu redor. Pra começar a me entender, primeiro tente observar o mundo. Eu quero aproveitar. Eu quero fotografar com meus olhos cada momento. Eu paro e fotografo, com a câmera fotográfica da memória. E como as memórias são importantes pra mim. Tanto que nem sei falar. Me apego a lugares, a coisas, a espaços, muito mais que até mesmo pessoas. Me apego a ruas e cheiros, a musicas e sensações. Coisas de Karine, como diz minha mãe. Coisas de Karine.  
Sabe o que é bem minha cara? Esquecer as coisas. Tá, agora eu pareci contraditória. Como eu memorizo tudo e esqueço de tudo? Não dá pra explicar, se eu soubesse nem tinha um blog pra ao menos tentar me entender. Uma coisa que é minha cara é dar bolo também. Não que eu goste, mas essa coisa de querer agradar tudo e a todos me faz nunca dizer não. Não não tem no meu vocabulário. Aliás, ele só aparece (e como aparece) se for pra arriscar a fazer algo no campo amoroso. Ai ele vem de cachoeira. “não vamos não” “acho que não é uma boa” “não somos amigos?” Bom pra isso ai o não nunca falta. Começo a ficar triste. Começo a adoecer, é só entrar nesse campo que começo a esmorecer. Bom, esse texto começou nem sei qual era o propósito mesmo, sei que eu não queria falar de mim. Mas como tudo acaba girando na minha cabeça em torno de mim, mesmo que eu negue isso, acabou que virou sobre mim mesmo. Aliás, não tinha como deixar de falar sobre mim. Nada é sobre os outros, nada. Freud talvez me explicaria. Enquanto não conto com ele, basta a você leitor ( se é que você existe) a ser meu psicanalista  Sei que é um papel que ninguém deveria tomar (não remunerado) mas infelizmente você teve a infelicidade de cair nessa página e , mais infelicidade ainda, neste texto. Sei que parece meio louco. Talvez não fez sentido, mas você ajudou. Ah, se ajudou. Obrigada. 


domingo, 6 de janeiro de 2013

"Quando a vida de te der limões, faça limonada"

Onde Deus esteve na bomba de Hiroshima, onde esteve quando o Césio 137 se espalhou, nos atentatos terroristas, nas guerras mundiais? Bom, uma boa limonada explica bem isso. Uma vez li a frase: "Quando a vida de te der limões, faça limonada"
Ora, quando a li sempre achei legal pensar que algo tão amargo pode virar algo doce. Já imaginava aquela limonada deliciosa descendo pela garganta. Lembrava como eu gostava de limonada e como detestava colocar um limão azedo na boca. Achava legal, uma dessas frases que a gente coloca nas redes sociais mas nunca para mesmo pra refletir. O que realmente eu quero dizer é que essa frase tem mais poder do que possa parecer. Ela nos diz que o poder de transformar algo ruim em algo bom está em nossas mãos.
Há quem pergunte: Onde Deus está?
Em um mundo sem cor, Deus nos dá tinta.
Em um mundo escuro, ele nos dá a lâmpada.
Quando queremos chegar a algum lugar, ele nos dá a escada.
Ele próprio diz que é o caminho, mas somos nós que temos que trilhar.
Então quando perguntarem onde Deus está nas situações mais adversas, tente se perguntar onde você esteve quando elas aconteceram.
Quando te perguntarem porque você não tem sucesso em algo que quer, tente se perguntar como você tem usado aquilo que Deus já te deu.
Um novo ano se inicia e quando ele te der caneta, devolva poesia.